16 de outubro - Dia de Santa Edwiges
Jacareí, 09 de setembro de 2007
Mensagem de Santa Edwirges
“-Marcos, Eu Sou EDWIGES serva do SENHOR e de MARIA SANTÍSSIMA, Sou conhecida por vós todos como a protetora dos endividados...
Sim, Eu pagava as dívidas dos pobres para com o Rei e ele os perdoava e
os mandava ir em paz! E até mesmo novos presentes lhes dava por amor a
Mim e em atenção ao meu pedido.
Mas agora as principais dívidas vossas que Eu quero pagar e alcançar o
perdão, são as vossas dívidas com a Justiça de DEUS, causadas pelos
vossos pecados! Tenho a missão de implorar o perdão do SENHOR e de MARIA
SANTÍSSIMA dia e noite, o perdão das vossas dívidas! O perdão para as
penas dos vossos pecados e alcançar assim do SENHOR a Clemência e a
Misericórdia para vós!
Rezo, intercedo sem cessar junto do SENHOR e de MARIA SANTÍSSIMA por
vós! Por isso deveis trazer-Me todos os dias vossas preocupações, vossas
dores e, sobretudo vossas orações para que Eu as uma com as Minhas e
assim apresente no Trono do SENHOR e de Sua Mãe essas dádivas para
alcançar dEles o perdão das vossas dívidas!...
Deveis seguir-Me pelo caminho do desapego, da pobreza, da penitência que
Eu mesma trilhei... Sendo rainha desapeguei-Me do Meu poder real pra
fazer-me uma pobre religiosa... Sendo de nobre estirpe sempre procurei a
penitência! Sempre procurei sacrifícios, sempre rezei durante muitas
horas todo dia até mesmo descalça na neve e no gelo!... Procurei sempre
consolar Nosso SENHOR e MARIA SANTÍSSIMA com muitas orações, muitas
lágrimas, muitos jejuns e abstinências... Deveis seguir-me por esse
caminho, deveis seguir-Me pelo caminho da obediência ao SENHOR! Sempre
lutei para que a Santa Fé Católica, para que o Santo Rosário, para que a
devoção à MARIA SANTÍSSIMA e a Nosso SENHOR se espalhassem não só no
Meu reino, mas em todos os outros e para que todos amassem nosso SENHOR e
MARIA SANTÍSSIMA de todo o coração! Deveis seguir-Me por essa estrada,
deveis seguir-me imitando os Meus exemplos! Se fizerdes isso tereis o
mesmo fim glorioso que eu tive, o Paraíso, o Céu!
No Céu Sou extremamente feliz! No Céu tenho a plena visão do Meu SENHOR e
de Sua Mãe... No Céu recebo sem cessar a infinitude do Amor de DEUS, do
conhecimento de DEUS da participação da felicidade infinita de DEUS...
Lá tenho a plena fruição do SENHOR!
Se vós Me seguirdes pelo caminho da penitência, da oração, do desapego,
da pobreza, da obediência irrestrita e incondicional ao SENHOR e à Sua
MÃE sereis felicíssimos como Eu!... Brilhareis mais do que o Sol no meio
dos Anjos de DEUS... Eu venho para dizer-vos que posso ajudar-vos muito
e que é Minha missão ensinar-vos a amar e obedecer a MARIA SANTÍSSIMA e
a Nosso SENHOR com todas as forças e amor do vosso coração!
Consagrai-vos, portanto a Mim! Fazei uma entrega especial de vossas
almas e de vossas vidas a Mim nos dias 16 de cada mês. Procurai sempre
durante o dia elevar o vosso pensamento a Mim, rezar-Me, pedir a Minha
ajuda, pois Eu posso ajudar-vos muito no caminho da santidade! E até
mesmo nas vossas preocupações cotidianas terrenas, mesmo nestas, quero e
posso ajudar-vos desde que: vos recomendeis a Mim, vos entregueis
totalmente e docilmente à Minha direção e que confieis plenamente que Eu
posso com Minhas orações conceder-lhes muitas graças de Nosso SENHOR e
de MARIA SANTÍSSIMA para vós!...
Na terra Eu usava uma coroa, no Céu preparo coroas para todos os verdadeiros filhos de DEUS e de MARIA SANTÍSSIMA, que obedecem a vontade dEles! Que renunciam a própria vontade! Que se desapegam e que sabem lutar com Eles e amá-Los com perfeição... Preparo para vós coroas no Céu, espero ansiosamente o dia de colocá-las sobre vossas cabeças. Não me decepcioneis! Portanto, não percais essas coroas por apegos passageiros, por amores terrenos que não conduzem ao Céu...
TUDO PASSA... SÓ DEUS FICA!
TUDO PASSA... SÓ O CÉU DURA PARA SEMPRE!
TUDO PASSA... SÓ A FÉ VIVERÁ...
Vinde a Mim! Sou vossa irmã, amiga e companheira... Quero ajudar-vos, dá
me vossas mãos, então Eu as tomarei e vos levarei pelo caminho da
santidade que Eu mesma percorri... Que é apertado, mas que é o caminho
da vida, que é o caminho que conduz ao Céu!
Com a Minha ajuda e a Minha companhia ele será menos áspero para vós,
pois Eu irei adiante de vós suavizando todas as pedras, que Nosso SENHOR
Me permitir para que a vossa jornada seja mais fácil e alcanceis com
mais segurança o Céu! Ficai na Paz do SENHOR...”
Santa Edwiges
1174 - 1243
"[...] e quanto mais alta for a posição social, tanto mais obrigação se tem de edificar o próximo com o bom exemplo."
São
palavras de uma duquesa cuja única riqueza, maior que suas posses, era o
espírito religioso e solidário, Edwiges, soberana da Silésia e da
Polônia.
Virtude
foi o que ela mais exibiu e vivenciou em todas as fases da sua
existência, primeiro como donzela, depois como esposa e, finalmente,
como viúva.
Na Europa Ocidental havia uma região chamada de Silésia, apos a segunda
Guerra, a maior parte da região foi cedida à Polônia. Na época a Europa
estava dividida em pequenos ducados e principados, havia imponentes
castelos e o luxo era desmedido se comparado com a miséria da população,
foi nesse tempo que nasceu uma Duquesa.
O nobre Bertoldo de Andech, casado com a jovem Inês tiveram oito filhos,
uma das filhas casou-se com Filipe, rei da França, outra com André, rei
da Hungria e foi mãe de Santa Isabel da Hungria, e outra se tornou
abadessa beneditina.
No ano de 1174 nasce a Duquesa Edwiges, sua mãe Inês reunia os filhos
muitas vezes ao dia para ensinar-lhes a rezar e contava histórias de
mártires e santos que alegrava a muito a pequena Edwiges.
Aos
seis anos Edwiges é colocada em um mosteiro para ser educada entre
religiosas e quando completou doze anos seu pai arrumou o seu casamento
com Henrique que era Duque da Silésia.O casamento realizou-se em 1186 e
toda nobreza compareceu ao casamento, dentre eles sua majestade Inês,
rainha da França, Gertrudes rainha da Hungria, ambas irmãs de Edwiges.
Após o casamento Edwiges que passa a ser Duquesa da Silésia e da Polônia
chega ao seu castelo e aos treze anos tem seu primeiro filho, logo com a
graça de Deus tiveram mais cinco filhos. A duquesa e seu marido tinham a
castidade em alto preço guardavam a abstinência nos dias santos e nas
sextas-feiras em memória a Paixão de Cristo, e após uma vida em comum
diante do Bispo juraram não manter mais uma vida matrimonial e viveram
assim por mais de trinta anos, na oração e no jejum para assim
glorificarem a Deus.
Quando os filhos já estão adultos surgem uma rivalidade entre os irmãos
Henrique o filho mais velho e Conrado o segundo filho, e surgem uma
guerra o que causa um grande sofrimento a Edwiges. O filho mais velho
Henrique sai vitorioso e o irmão Conrado ao sair em uma caçada foi
atacado por uma fera que ele mesmo tinha ferido, vindo a falecer alguns
dias depois, nesses tempos Edwiges tinha também acabado de perder o seu
terceiro filho Boleslau.
No ano de 1227 ocorreram guerras violentas por terras e poder, o marido
de Edwiges fica gravemente ferido e mais tarde veio a falecer, depois o
filho Henrique parte para defender o reino contra os mongóis que
trucidavam a população não respeitando velhos ou crianças, chega então a
notícia da morte de Henrique. Em meio a tanta dor Edwiges se mantém
forte e sofrendo em silêncio ensina a todos a respeitarem a vontade de
Deus.
Após a morte do marido Edwiges retirou-se para o mosteiro de Trebnitz
onde sua filha Gertrudes era Abadessa, e assim a rica duquesa se fez
pobre entre as pobres monjas. Edwiges considerava os religiosos como uma
porção eleita do povo de Deus e por eles tinha um imenso respeito e as
considerava como pessoas santas. Edwiges e o marido fundaram diversos
mosteiros e doavam generosas esmolas.
Santa Edwiges se considerava uma pecadora e as monjas como santas e por
respeito tomava um pouco de água com que as monjas lavavam os pés, nos
dando uma lição de humildade e respeito para com os religiosos.
Exemplos de Humildade e Paciência
Edwiges sempre se vestia com humildade apesar de sua riqueza e sua
posição social, seu marido via nela um exemplo e ele era também
conhecido por sua generosidade e passava muito tempo servindo aos
franciscanos pelo amor a pobreza e humildade.
A santa não quis fazer os votos de religiosa apesar das insistências de
sua filha, não por amor ao dinheiro, mas para poder fazer o bem
distribuindo esmolas, pois era muito rica apesar de vestir-se com
extrema pobreza.
Edwiges via em cada pobre a imagem de Cristo e distribuía seus bens em
abundância para pagamento de sua “multidão de pecados” como ela dizia
sempre.
Ao lado da humildade segui a paciência, nunca respondia asperamente e
quando alguém lhe causava desgosto dizia “Que Deus lhe perdoe”, e
mostrou uma imensa conformidade à vontade de Deus nas mortes de seus
entes querido, sem jamais proferir uma reclamação ou palavra injusta.
Jejum e abstinência
Santa Edwiges jejuava quase todos os dias, menos nos domingos e dias
festivos quando tomava duas refeições, durante quarenta anos não comeu
carne, sue irmão Bispo de Bamberg a aconselhava a não ser tão rigorosa,
mas sua convicção era imensa.
Seu marido Henrique em uma ocasião em que Edwiges estava doente pedia a
ela que tomasse um pouco de vinho e se alimentasse melhor, mas um
mordomo acusou Edwiges de não estar obedecendo ao marido, quando
Henrique chegou próximo a mesa onde Edwiges estava se alimentando, pegou
de repente o cálice e provou e sentiu o gosto do melhor dos vinhos, os
empregados ficaram maravilhadas, pois estavam certos de terem colocado
apenas água no copo.
Edwiges era penitente até nas vestes no tempo em que a nobreza se vestia
com um luxo excessivo, a Santa tinha muita simplicidade e se agasalhava
pouco no rigoroso inverno polonês.Andava sempre descalça nos pavimentos
gelados do palácio, na igreja permanecia sempre de joelhos e uma vez
uma criada que a acompanhava estava quase morrendo de frio quando
colocou os pés no lugar onde Edwiges havia estado e sentiu um grande
calor e começou a sentir-se melhor.
Por andar entre caminhos pedregosos seus calcanhares eram duros e
rachados, conforme testemunhos da monja Juliana, essas rachaduras eram
imensas, delas escorria um líquido sanguíneo que ia marcando seus passos
na terra ou na neve.Usava Edwiges uma dura corda feita de crina com
vários nós que era áspera e causava ferimentos em seu corpo, tudo para
procurar mortificar e sofrer para expiar os pecados que achava ter. Tudo
isso foi revelado no processo de canonização da santa.
De sua boca só saiam louvores a Deus e ao próximo, e como dizia o
apóstolo são Tiago que quem não peca pela língua é santo, e neste
aspecto ela também era santa.
A oração era constante na vida de Santa Edwiges, passava noites
ajoelhada rezando e durante as missas usava um véu para esconder as
lágrimas que saiam dos olhos devido à emoção de participar do Santo
Ofício.
Enquanto houvesse sacerdote a santa sempre pedia que celebrassem missas,
certa vez pediu ao capelão de nome Martinho que fosse buscar um padre
para celebrar uma missa, o capelão com certa má vontade saiu pelo
caminho e encontrou um irmão leigo e o apresentou a santa Edwiges, que
cheia de simplicidade, julgando que ele fosse um padre, por confundir
sua acentuada calvície com a tonsura clerical, pediu ao irmão que
rezasse um missa.O homem se espantou e explicou que não era padre, mas
um leigo que não sabia ler. A santa pediu desculpas dizendo que não
estava caçoando dele e que fizera aquilo por ignorância e voltando-se ao
capelão disse com mansidão:
Perdoe-lhe Deus por ter me enganado assim.
Santa Edwiges tinha um amor muito grande a Virgem Santíssima, a Jesus
Sacramentado e a Paixão de Cristo. Aconselhado por Edwiges, seu marido
Henrique construiu o mosteiro das monjas da ordem de Cister em Trebnitz e
a santa deixou parte de seu dote de casamento para sustentar o
mosteiro, além de generosas esmolas cedidas a tantos pobres e ordens
religiosas.
A sua caridade era imensa e a sua compaixão pelo próximo era movida pelo
imenso Respeito e Temor a Deus, tinha compaixão pelos prisioneiros, e
pelos pobres e endividados. Como era muito rica, a duquesa possuía
muitas terras e bens e perdoava todas as dividas e nunca desamparava um
pobre que a ela recorresse.
Como na terra já realizava muitos milagres e muita caridade também dos
céus perto de Deus seu poder de intercessão é muito grande, alguns
milagres de Edwiges na terra são notórios como a cura de muitas irmãs do
monastério, em alguns casos de cegueira.
Ressuscita os mortos
Certa vez um homem foi condenado à forca por ter roubado, os parentes do
condenado foram recorrer à santa que pediu ao seu marido pelo
condenado, o Duque respondeu que talvez o homem já tivesse sido morto,
mas que se ele estivesse vivo seria perdoado, um soldado saiu
rapidamente par ver se o homem estava vivo, mas encontrou o homem
pendurado na forca e tirando a espada cortou a corda e o homem
ressuscitou e o soldado disse a ele: “Graças a nossa santa senhora você
foi perdoado”.
Outro fato foi relatado em Roma por várias testemunhas no processo de
beatificação: Certa vez um inimigo declarado do Duque e conhecido
mal-feitor foi preso e condenado à forca, para que Edwiges não soubesse
da condenação, o duque mandou que o prisioneiro fosse executado na mesma
madrugada, naquela noite Edwiges havia passado a noite na igreja e
voltava para casa ao amanhecer e ela ficou sabendo da morte do
condenado, ela pediu ao esposo que perdoasse aquele homem e o duque com a
certeza de que ele já estava morto consentiu.Assim que o homem já morto
há tempos foi retirado da forca recobrou a vida e desde então o duque
ordenou que fossem libertados todos os prisioneiros pelos quais ela
pedisse.
A morte da santa
Como se aproximava a morte de Edwiges, sua filha a abadessa Gertrudes
perguntou a ela onde queria ser sepultada e a santa respondeu que
gostaria de ser sepultada em um cemitério comum, como insistia sua filha
em dar-lhe um túmulo na igreja a santa pediu para ser sepultada perto
do altar de São Bartolomeu Apóstolo, mas a filha insistiu para que ela
fosse sepultada diante do altar de São Pedro e Edwiges como tinha o dom
dae prever o futuro como o fez em muitas vezes disse: “Se fizerem assim
não terão mais sossego as monjas”, e como ela disse aconteceu devido às
multidões que iam visitar o tumulo da santa.
Assim no dia 15 de novembro de 1243 morreu Santa Edwiges, seu pobre
corpo estava dilacerado pelas penitências, as irmãs ao se prepararem
para lavar o corpo da Santa ficaram horrorizadas ao verem sobre o corpo
um duríssimo cilício e na cintura uma grossa corda de crina toda
retorcida. Seu corpo estava coberto de feridas e a vista das irmãs o
corpo tão pálido e quase azulado por causa dos freqüentes jejuns e
macerações começou a tomar um tom róseo e a brilhar com uma luz celeste e
um perfume emanava de seus lábios.
Os milagres começaram a se multiplicar para a glória de Deus, foram
numerosos e dentre eles há o caso do filho do soldado Vitoslau Boresh
que tinha sete anos de idade e adoeceu gravemente, na ânsia de respirar o
peitinho da criança estava aprofundado as mãos e os pés estavam já
amortecidos, o soldado que serviu à Santa Edwiges pediu nos seguintes
termos :
“ Minha senhora eu a servi durante a sua vida e lhe peço sua intercessão
para que meu filho não morra “ e assim que terminou esta prece o menino
voltou a falar e desapareceram os sinais de morte, o fato foi narrado
no processo de beatificação da Santa e atestado por testemunhas.
No dia 15 de outubro de 1267, Edwiges é canonizada para glória de Deus e
bem da Igreja, mais tarde foi canonizada Santa Teresa D’Avila,
justamente no dia 15 de outubro de 1515 e a festa de Santa Edwiges foi
transferida para o dia 16 de outubro.
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