Santa Filomena - Imagem

Santa Filomena - Imagem
JACAREÍ, 26 DE ABRIL DE 2015
400ª AULA DA ESCOLA DE SANTIDADE E AMOR DE NOSSA SENHORA
TRANSMISSÃO DAS APARIÇÕES DIÁRIAS AO VIVO VIA INTERNET NA WEB MUNDIAL: WWW.APPARITIONSTV.COM
MENSAGEM DE NOSSA SENHORA
 
(Maria Santíssima): “Meus amados filhos, hoje estou feliz por novamente estar aqui com vocês, conduzindo-o sempre mais para a oração viva, feita com o coração, que agrada a Deus.
Este tempo que Deus deu a vocês, o tempo das Minhas Aparições Aqui é um tempo extraordinário de graças. Eu já disse a vocês muitas vezes isso, mas vocês não são capazes de compreender quantas graças são dadas a vocês.
Porque vocês rezam pouco e porque rezam pouco não tem os olhos da alma, do espírito, bem abertos para poderem ver quantas graças são dadas a vocês. E estão à disposição de vocês apenas esperando que vocês abram os seus corações, que vocês rezem, que vocês as peçam na oração.
Este tempo é um tempo de graças ilimitadas e cada um poderá colher na fonte das graças do Senhor, tanto o quanto quiser. O vaso para colher as graças é a oração e a fé.
Tenham, pois, uma fé grande e também uma oração grande! Ou seja, uma oração generosa feita com o coração e com abundância, para que também, as graças de Deus sejam abundantes para vocês.
Retomem, portanto, o santo hábito de rezar as Quinhentas Ave Marias, ou as Mil Ave Marias para poderem receber muitas e muitas graças. Rezem também muitos Terços que Eu dei a vocês aqui. Vocês falam muito e rezam pouco, por isso poucas são as graças nas vidas de vocês.
Falem menos, façam silêncio, rezem mais e as graças aumentarão no dia a dia de vocês. Nestes tempos enquanto Eu estou com vocês Aqui, Deus não nega nada que lhe for pedido em Meu Nome.
Peçam, pois, graças em Meu nome pelos Meus merecimentos, pelo Meu amor, pelos merecimentos de Minhas Lágrimas, de Minhas Dores e vocês verão quantas graças o Meu filho Jesus dará para vocês.
É preciso apressar a conversão de vocês, porque o Pai Eterno deu um tempo a vocês para pensarem nas Mensagens que Ele tem dado ultimamente Aqui. Mas, muitos continuam dormindo no sono da sua vida sem Deus, da sua vida sem oração, da sua vida com os contínuos e os mesmos pecados.
Meus filhos, rezem mais, para terem a força interior de renunciarem ao pecado, renunciarem ao mal e poderem dar uma resposta positiva a Deus Pai, quando Ele voltar Aqui na próxima vez.
Porque lhes digo Meus filhos, Nele há tanto a Misericórdia quanto a Justiça e um dia Ele pedirá contas a vocês do que fizeram das Suas Mensagens e das Suas Palavras. Porque vocês não levaram a sério, nãos as levaram a sério, não levaram as Suas Palavras a sério.
Por isso, rezem mais, pedindo ao Espírito Santo por meio de Mim a força interior para vocês serem santos. Peçam aos Santos que já alcançaram a coroa da vida eterna que alcancem para vocês as graças que vocês não têm para serem santos como Eles.
Vocês devem saber Meus filhos que os Santos são os grandes amigos, irmãos e colaboradores que Deus deu a vocês para ajuda-los a subirem a escada da santidade sempre mais alto rumo ao Céu.
Cada Santo abre um caminho, uma porta de salvação para aqueles que os procuram e são devotos verdadeiros. Sejam amigos dos Santos portanto, porque eles abriram para vocês o caminho das graças que conduz ao Céu. E com Eles Meus filhos, a vida de vocês será tão repleta de graças que nada, nada lhes faltará.
Rezem, rezem muito, porque sem a oração com o coração vocês não podem compreender o que Eu digo a vocês. Vocês não podem compreender o que Eu estou fazendo Aqui com as Minhas Aparições e nem o Plano de Amor que Eu tenho para com cada um de vocês.
Sem oração vocês não podem compreender nem os Meus sentimentos, nem as Minhas preocupações maternas, nem podem compreender também o que Eu quero dizer a vocês quando Eu lhes digo: Convertam-se, Eu Sou Mãe de vocês e não quero que vocês sofram no futuro.
Por isso, Meus filhos, convertam-se! O passado já não volta mais, o futuro ainda está por vir, é incerto, vocês tem o presente. Hoje, no presente, decidam-se por Deus, decidam-se pela santidade, decidam-se pelo Céu, decidam-se por Mim. E o Céu também se decidirá por vocês, dando a vocês muitas e novas graças que transformarão completamente a vida de vocês.
Eu Sou a Mãe de vocês, Eu os amo muito, cada um de vocês é precioso para o Meu coração e não permitirei que Satanás os roube de Mim, os levem para longe de Mim.
Ajudem-Me a vencê-lo, vocês também, renunciando a ele e decidindo-se por Deus, por Mim e pelo Rosário. Porque todos aqueles que se decidem pelo Rosário vencem Satanás com facilidade.

A todos Eu abençoo novamente com Amor, de Lourdes, de Montichiari, de Baependi e de Jacareí.
A Paz Meus filhos amados. A Paz marcos, o mais esforçado e dedicado dos Meus servos.”
GUARULHOS, 25 DE ABRIL DE 2015
CENÁCULO EM GUARULHOS/SP
399ª AULA DA ESCOLA DE SANTIDADE E AMOR DE NOSSA SENHORA
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MENSAGEM DE NOSSA SENHORA
  
 
(Marcos):A Senhora deseja alguma coisa para os vossos filhos Adriana e Marcelo em especial? Sim Senhora, Eu direi a eles.
Está contente com a presença dessas pessoas aqui?  Direi a eles sim. O que a Senhora deseja de nós hoje?
(Maria Santíssima): “Meus amados filhos, hoje, estou novamente feliz por estar convosco! Há muito tempo que Eu desejava vir Aqui na casa desta Minha família que Me pertence, que Eu tanto amo e que Me ama tanto.
Esta cidade que também Me foi consagrada há muito tempo atrás e da qual Eu Sou a Mãe e a Rainha. Aqui, nesta cidade o Meu inimigo faz muitos estragos é verdade, é uma cidade muito insidiada por Satanás, mas também é muitíssimo amada por Mim.
Esta cidade Me pertence e é por isso que Eu enviei o Meu filho Marcos muitas vezes Aqui, para semear as Minhas Mensagens e para semear frutos de santidade para a maior glória do Meu Coração Imaculado. E hoje estes frutos de santidade já despontam e já podem ser vistos Aqui.
O Meu Coração verdadeiramente tem em vários de Meus filhos Aqui uma morada cheia de calor, carinho, para Mim, para si. Sim Meus filhos, em muitos dos Meus filhos Aqui Sou verdadeiramente amada, querida, consolada e obedecida.
E é por isso que depois de tantos anos da Minha primeira vinda Aqui, Eu voltei novamente hoje para semear mais as sementes das Minhas Mensagens. Porque quero transformar todos vocês em verdadeiros filhos Meus, em verdadeiros soldados do Meu Coração Imaculado, soldados de oração, de paz e de amor.
E aqui nesta cidade quero fazer um grande jardim místico com muitas flores de santidade, com muitas almas verdadeiramente santas para a maior glória de Deus e triunfo do Meu Coração imaculado.
Por isso, desejo que vocês façam os grupos de oração que Eu pedi Aqui nesta cidade, por toda a parte. Comecem uma vez por semana indo com as Minhas Imagens de casa em casa. De quando em quando Eu e o Meu filho Marcos voltaremos Aqui para ver o que vocês plantaram e o que colheram com o trabalho de vocês.
Rezem! Esta cidade só poderá ser salva da violência, do comunismo, do protestantismo, do espiritismo e de tudo o que Satanás planeja contra ela, só poderá ser salva por muita, muita oração.
Por isso, formem os Meus grupos de oração para que Aqui verdadeiramente, destruamos o exército da violência, do mal e do pecado, com o exército da oração, do amor, da graça e da paz.
Rezem o Rosário todos os dias e todas as orações que Eu dei a vocês nas Minhas Aparições de Jacareí. Aprendam estas orações, rezem estas orações porque por meio delas vou realizar grandes, imensas coisas em todos vocês e em suas famílias.
E novamente repito: esta cidade é Minha e Me pertence, não deixarei que Satanás a domine, nem triunfe nela. E vocês Meus queridos filhos, são o pequeno martelinho que nas Minhas mãos servirá para que com golpes certeiros Eu comece a derrubar e a pôr por terra todas as obras e as fortalezas do pecado, de Satanás.
Por isso, queridos filhos: Rezem, rezem e rezem, ajudem-Me com as orações de vocês e em breve vocês verão o Meu triunfo acontecer em muitos corações que Deus colocará no caminho de vocês. E de coração a coração Minha chama de Amor se acenderá nessa cidade e daqui por todo este imenso estado de São Paulo e por todo este país. Até transformar todo o Brasil e o mundo inteiro num grande Jardim Celeste de santidade do Meu Coração Imaculado.
Eu amo muito a cada um de vocês e confio em cada um de vocês, que vocês não vão trair o Meu Amor e que vocês não vão decepcionar o Meu Coração. Trabalhem Comigo e Eu trabalharei com vocês para a salvação desta cidade.
Vão ao Meu Santuário, lá na Minha Fonte de Graças Eu tenho muitos milagres e graças para dar a todos vocês. Que só posso dar ali, naquele lugar que a Santíssima Trindade escolheu e o qual Me permitiu dar as Minhas Graças, Meus Tesouros, Minhas Riquezas, Meus Sinais e as Minhas Mensagens ao mundo inteiro.
A todos agora Eu abençoo com amor de Fátima, de Lourdes e de Jacareí.”

(Marcos): “Até breve querida Mãe.”
JACAREÍ, 19 DE ABRIL DE 2015 

398ª AULA DA ESCOLA DE SANTIDADE E AMOR DE NOSSA SENHORA

TRANSMISSÃO DAS APARIÇÕES DIÁRIAS AO
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MENSAGEM DE NOSSA SENHORA

(Apareceram juntamente o Arcanjo Miguel e outro Anjo do Céu)
 


(Maria Santíssima): "Meus amados filhos, hoje novamente venho convidar vocês à paz do coração.

Os corações de vocês não tem paz, porque vocês foram se afastando da oração verdadeira com o coração e deixando entrar neles tudo que é mal. Porque vocês se descuidaram da oração, da meditação, da intimidade com Deus os sentimentos e movimentos de ira, de sensualidade, de vaidade, de maldade voltaram a entrar nos corações de vocês.

Acordem, acordem enquanto ainda tem tempo, Satanás está metido no meio destas coisas nos corações de vocês e se não o colocarem para fora depressa com oração e penitência, ele acabará por reinar dentro de vocês.

Muitas almas tem dentro de si o inimigo, porque não rezam e assim foram deixando entrar tudo o que é mal e Satanás encontrou a casa arrumada para si.

É preciso coloca-lo para fora por meio de uma decisão radical, pela oração, pela meditação, pela conversão que vos leva verdadeiramente à união com Deus. Sem a conversão é impossível a união com Deus.

Há muitos que pretendem a união com Deus no pecado, isso não pode ser. Vocês tem que renunciar ao pecado que é uma barreira, um bloqueio entre vocês e Deus e não os deixa unirem-se com Deus.

Rezem o Rosário mais e mais até terem a força interior de renunciarem a todo pecado. Somente o Rosário pode dar essa força a vocês, por isso é que tanto Eu lhes peço para rezarem o Rosário. Consagrem mais tempo ao Rosário, dediquem-se mais à oração do Rosário com o coração, para que o Rosário os leve a uma profunda conversão a Deus, que os levará à união com Ele.

Desejo que a vossa vida interior de oração, silêncio, meditação, seja profunda sem descuidar das vossas famílias, dos vossos trabalhos, estudos e afazeres de cada dia desejo que sempre vocês tenham um tempo para a oração. De modo que a vida de vocês seja uma contínua oração, e desejo mesmo que a oração seja uma alegria para vocês.

Por isso, rezem com o coração e sentirão a alegria e a felicidade de rezar e de estar em intimidade, em contato com Deus e Comigo. Mais uma vez também peço a vocês: Imitem os Santos, imitem as Suas Virtudes, Sua vida de oração, Seu amor abrasado a Deus, sobretudo, seu espírito de abnegação, de esquecimento deles mesmos, para pensar em Deus, para pensar na salvação do mundo.

E assim Meus filhos, vocês serão cada vez mais agradáveis a Deus e queridos por Deus.

Deus aborrece os egoístas, Deus aborrece aqueles que se adoram e se amam mais que a si mesmos que a Ele. Por isso, Eu lhes digo Meus filhos, aprendam Comigo e com os Santos a amar mais a Deus que a vocês mesmo. Então, Deus também fará coisas grandiosas em vocês, como fez em Mim e como fez também nos Santos.

Quero que cada um de vocês todos os dias cresça sempre mais e mais na consciência de que vocês foram muitíssimo amados por Deus e Deus os escolheu para estarem Aqui na Minha Escola de Santidade dentre bilhões e bilhões de irmãos de vocês. Não decepcionem a Deus que lhes deu os primeiros lugares e também tomem conta de vocês mesmos, vigiem para que de primeiros vocês não se tornem os últimos.

Cultivem o amor nos seus corações, dia após dia pela oração com o coração e também pelo esforço sempre contínuo de esquecer de vocês mesmos para pensarem só e unicamente em Deus e em Mim. Assim, o amor crescerá em vocês e nada que Satanás faça os poderá afastar de Deus e de Mim.

Eu os amo muito, cuido de cada um de vocês e desejo que vocês saibam filhinhos, que Eu amei vocês e dei a vocês os primeiros lugares Aqui na Minha Casa e no Meu Coração porque muito os amo. Mas, que pena tenho ao dizer-lhes que o Meu Amor embora muito belo foi esquecido, desprezado e traído por muitos. Para que vocês não façam a mesma coisa hedionda, quero que todos os dias vocês se consagrem ao Meu Coração Imaculado e que vivam continuamente unidos a Mim pela oração com o coração.

A todos neste momento, Eu abençoo com amor, de Fátima, de Montichiari e de Jacareí.”



(Marcos): “Até breve querida Mãe do Céu, até breve querido Miguel, até breve querido Anjo do Senhor.”


SALESÓPOLIS, 18/04/2015 - MENSAGEM DE MARIA SANTÍSSIMA COMUNICADA AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA - CENÁCULO NA CAPELINHA PARTICULAR DE UM PEREGRINO NA CIDADE DE SALESÓPOLIS - 397ª AULA DA ESCOLA DE SANTIDADE E AMOR DE NOSSA SENHORA - TRANSMISSÃO DAS APARIÇÕES AO VIVO VIA INTERNET NA WEBTV MUNDIAL: WWW.APPARITIONSTV.COM 

(Marcos): "Sim, por favor, querida Mãe, abençoe os dois que estão aqui, aliviai todos aqueles que sofrem, dai a Paz aos aflitos. E de modo especial peço uma benção da Senhora para o nosso querido Paulo Doni, vosso filho, que está passando por um tratamento difícil, derrame sobre ele as Suas Graças Maternais e, por favor, dignai-vos abençoar esse terço em especial para ele.
Sim, direi sim querida Mãe. Direi sim querida Mãe.
(Nossa Senhora): “Queridos filhos Meus, hoje, estou particularmente feliz por estar com vocês Aqui, nessa capelinha feita para Mim com tanto amor e carinho.
Esta capelinha, edificada em louvor e honra à Minha Aparição em Jacareí, como Rainha e Mensageira da Paz, a partir de hoje torna-se uma relíquia das Minhas Aparições porque as suas paredes foram tocadas pelos raios luminosos que saem do Meu Corpo Glorioso Aqui presente. E muitas graças serão concedidas àqueles que rezarem Aqui, com amor, fé e confiança também.
Amo a cada um de vocês olho a cada um de vocês com amor e peço-lhes: Rezem mais! Aqueles que rezam um terço rezem dois. Aqueles que rezam dois, rezem três. Rezem o Rosário Meditado que o Meu filhinho Marcos gravou para vocês, porque através deste Rosário os corações de vocês serão repletos dos Dons do Espírito Santo, da Minha Chama de Amor e Eu realizarei coisas grandiosas nas vidas de vocês.
Eu conheço os sofrimentos de cada um de vocês e Eu darei a cada um de vocês a graça que pede no momento certo. Pode uma mãe deixar o seu filho morrer de fome, se ele lhe pede pão? Pode uma mãe dar uma cobra ao seu filho que lhe pede peixe? Oh, não! Se uma mãe da terra não faz isso com seu filho, muito menos Eu, que Sou a vossa Mãe do Céu.
A cada um Eu darei a graça certa na hora certa. De cada um de vocês Eu peço: Fé, Oração. Rezem, confiem, esperem! Reza, confia e espera em Deus. Porque todos que esperam em Deus: Moisés, Abrahão, Jó, os Apóstolos, os Santos, todos os que esperaram em Deus não foram decepcionados.
Por isso Meus filhos, mostrem a Fé de vocês rezando e aguentando firmes o peso da Cruz, porque nenhuma cruz é para sempre. E em breve os sofrimentos de vocês se converterão numa vitoriosa glória, numa ressurreição vitoriosa.
Eu, a Mãe de vocês, desci do Céu para nesta noite pedir a vocês que rezem mais, renunciem as tentações do diabo. Rezem com o coração, porque somente a oração com o coração, pode lhes dar a força para vocês renunciarem ao pecado e se manterem na amizade e na graça de Deus.
Vocês desejam muitas graças, mas ainda rezam muito pouco Meus filhos! E certas graças só podem ser alcançadas com muita oração. Por isso Eu digo a vocês: façam os grupos de oração por toda a parte, também aqui nesta cidade, para que rezando bastante o Rosário Meditado, o Terço das Minhas Lágrimas, a Hora da Paz e todas as Orações que Eu lhes ensinei, vocês possam estar preparados e se tornarem dignos de receberem mais graças de Deus.
Esta cidade pertence a Mim, esta cidade é Minha e Eu a amo com um amor particular. Quero realizar grandes graças para os Meus filhos deste município. Por isso, peço a vocês Meus Filhos, rezem, rezem bastante, façam os Meus Grupos de Oração por toda a parte, porque através deles vou derramar sobre todos vocês muitas e copiosas graças.
Rezem pela conversão do mundo, o mundo não tem paz, porque se afastou de Deus perdeu a Fé e já não reza. Fazei os grupos de Oração por toda a parte, façam com que todos rezem. E, então, Deus mandará o Anjo da paz dar a paz ao mundo.
Eu vim a Jacareí para dar a Minha Paz a vocês, aceitem a Minha Paz, vivam a Minha Paz e propaguem a Minha Paz, fazendo os Meus Grupos de oração por toda a parte e divulgando as Minhas Mensagens.
Assim, Satanás será vencido, assim o Meu Coração Imaculado triunfará.
A todos Eu abençoo com amor e especialmente a família desta casa, que Me recebeu, que recebeu Minha Imagem peregrina com tanto amor e carinho e que levantaram para Mim esta Minha capelinha.
Sobre todos vocês desce agora a Minha benção Materna de Lourdes, de Fátima e de Jacareí.”
(Marcos): “Até breve querida Mãe.”

Deus sempre tira do mal um bem muito maior. Para corrigir os erros do jansenismo, surgiu a devoção ao Sagrado Coração de Jesus e Maria. Nos seus infinitos tesouros de misericórdia encontrará a humanidade remédio para os males de nossa época.

Corria o ano de 1635. Numa localidade do oeste da Bélgica o povo lotava o recinto sagrado para ouvir uma pregação. Do alto do púlpito o orador dirigia à numerosa assembléia palavras como estas: "Meus irmãos, não temos forças para resistir ao pecado, a menos que sejamos ‘predestinados'. Se estivermos dominados pela graça, faremos o bem... mas se estivermos dominados pela concupiscência, que remédio teremos senão fazer o mal?"
E continuava: "Ficai sabendo que não foi por todos os homens que Cristo morreu, mas apenas por aqueles que Ele quis salvar, aqueles aos quais deu forças para não praticar mal algum. Vede o crucifixo: é uma expressão errada do Senhor, porque Ele na realidade não tem os braços abertos para toda a humanidade. Temei pelos vossos pecados! Eles podem vos afastar irremediavelmente da face de Deus!"
Após o sermão, os fiéis se retiraram um pouco assustados. Custavalhes acreditar em um Deus indiferente a uma parte das suas criaturas, que já estavam previamente condenadas, e sendo para as demais um terrível Juiz. Mas se o padre assim falava, assim devia ser...
Aos poucos, a devoção eucarística ia diminuindo, assim como a freqüência às confissões, porque - pensavam - de nada lhes serviria o sacramento sem uma perfeita e quase inalcançável contrição.
Dentro dessa perspectiva rígida e severa, também o amor à Mãe de Deus foi perdendo intensidade e as orações em sua honra foram se extinguindo nos lábios dos fiéis.
Falsa concepção da justiça divina: o jansenismo
O eclesiástico que assim pregava era seguidor do tristemente famoso Cornélio Jansênio, bispo da cidade belga de Ypres. Sua doutrina, condenada pela Santa Sé após a sua morte, foi refutada por muitos santos. Entretanto, seus ensinamentos lançaram profundas raízes na sociedade daquela época, sobretudo na França, Bélgica e Holanda.
O jansenismo, juntamente com outros erros surgidos no mesmo período, foi um duro golpe nas cordas mais delicadas do amor a Deus. Somando- se aos fatores de degenerescência que fermentavam no século XVII, logrou arrancar de um imenso número de almas cristãs o fio de ouro preciosíssimo que as mantém ligadas a Deus nas tribulações da vida: a confiança no perdão e na misericórdia do Salvador e a devoção a Nossa Senhora.
A misericordiosa resposta da Providência
Em seus desígnios insondáveis e sapienciais, a Divina Providência nunca deixa de tirar dos grandes males bens ainda maiores. A História nos demonstra que a resposta dada pelos Céus às investidas infernais solidifica, explicita e faz progredir a obra de Deus. Daí a famosa expressão de São Paulo: "Oportet hæreses esse" - é preciso haver heresias, para que se possam reconhecer os fiéis (1 Cor 11, 19).
Contra os erros difundidos no séc. XVII, o revide divino marcou para sempre a fisionomia sagrada da Santa Igreja com a expressão mais terna e eloqüente da bondade do Senhor e de sua Mãe Santíssima: o mundo recebeu a revelação da devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.
O Coração de Jesus e Maria
Como os primeiros raios da aurora vêm anunciando a chegada do astrorei, a grande revelação feita por Jesus a Santa Margarida Maria foi preparada, desde os primórdios daquele século, por um surto de devoção a este Coração divino. Uma plêiade de almas fervorosas espalhou esta prática admirável, dentre as quais destacou- se São João Eudes.
Este varão verdadeiramente evangelizador, que consagrou sua vida inteira às missões e à formação dos sacerdotes na França, teve uma devoção fecundíssima aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria.
Impelido por um invulgar sopro da graça, explicitou com unção e sabedoria a ousada devoção que une num só os Sacratíssimos Corações do Redentor e de sua Mãe:
"Não sabeis que Maria nada é, nada tem e nada pode sem Jesus, por Jesus e em Jesus, e que Jesus é tudo, pode tudo e faz tudo n'Ela? Não sabeis que é Jesus quem fez o Coração de Maria tal qual ele é, e quis fazê-lo uma fonte de luz, de consolação e de toda sorte de graças para aqueles que recorrem a Ela em suas necessidades? Não sabeis que Jesus não apenas reside e assiste continuamente no Coração de Maria, mas é Ele mesmo o Coração de Maria, o Coração de seu Coração e a alma de sua alma, e que, portanto, vir ao Coração de Maria é vir a Jesus, honrar o Coração de Maria é honrar Jesus, invocar o Coração de Maria é invocar Jesus?" (1).
De fato, foi Maria Santíssima quem trouxe à terra o Filho de Deus, o qual havia de redimir a humanidade pecadora, estabelecendo com todas as almas cristãs um comércio admirável e transformador. Neste sublime nascedouro da História da Redenção, quis Jesus ter bemCoração de Jesus..jpgjunto de Si um Coração segundo o seu, isento de qualquer inclinação dissonante de sua divindade. Foi o Coração de Maria que conservou todos os mistérios e todas as maravilhas da vida de seu Filho, empregando inteiramente a sua capacidade natural e sobrenatural num exercício contínuo de amor a Jesus - o único objeto de todos os seus afetos. Nada, em Jesus, passava despercebido a Maria. Fossem suas manifestações interiores ou exteriores, fosse sua humanidade ou divindade. Por meio desse amor, o próprio Jesus esteve sempre vivendo e reinando no Coração de sua Mãe: "Se alguém Me ama, guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e faremos nossa morada" (Jo 14, 23).
O Imaculado Coração de Maria não é invocado por São João Eudes como se tivesse movimentos próprios, mas como tendo se dissolvido inteiro no Coração Jesus, incapaz de refletir em si qualquer coisa que não seja o próprio Deus. Sua filial audácia fez surgir um termo inédito: o Sagrado Coração de Jesus e de Maria.
Novo manancial de graças
Quando se abrem a esta devoção, as almas recebem graças torrenciais. Ela é destinada a mover mais a vontade que a inteligência, mais o amor que a razão. Sabe-se, pela experiência tantas vezes secular da Santa Igreja - exímia formadora das almas -, que não concorre para a santificação de ninguém aquele que ex plicita uma doutrina e não conduz pelo próprio exemplo às vias sobrenaturais. Haverá quem faça isso melhor do que Aquela que "guardava todas estas coisas e as conferia no seu coração" (Lc 2, 51)?
Cabe a São João Eudes, ademais, a glória de ter sido o primeiro a celebrar litúrgica e publicamente os Santíssimos Corações. Ao Coração de Maria compôs e celebrou uma Missa em 1648, e ao Coração de Jesus em 1672 - ambas com as devidas aprovações da autoridade eclesiástica e a presença de milhares de fiéis. Este gesto contribuiu na preparação para que o mundo recebesse a revelação desta sublime devoção, como a mais excelente dentre todas, enquanto manifestação do amor salvífico de Jesus.
Do silêncio da clausura para o mundo
Foi em 1673 que Jesus revelou os tesouros de misericórdia de seu Coração aos homens.
Para testemunhar perante o mundo esta revelação, Deus não escolheu uma autoridade renomada, um orador famoso ou um sábio. Quis o Divino Mestre mostrar, mais uma vez, que é na fragilidade que se revela totalmente a sua força, preferindo uma humilde religiosa, acrisolada no cadinho da provação desde tenra infância: Santa Margarida Maria Alacoque, da Congregação da Visitação. Essa jovem borgonhesa, de família muito piedosa, foi, por assim dizer, instruída nas vias espirituais diretamente por Nosso Senhor. "Quem diz ‘escola' diz também ‘livros'. A Margarida Maria, Jesus fornecia outro ‘manual': seu próprio Coração que é ‘livro da Vida'" (2).
Favorecida por experiências místicas ao longo de toda a sua vida, ela teve a alma modelada segundo os padrões divinos. Jesus revelara-lhe muitas vezes que, para cumprir sua missão, ela deveria ser flexível e não colocar nenhum obstáculo. "Eu Me fiz a Mim mesmo teu mestre e teu diretor para te dispor ao cumprimento deste grande projeto e para te confiar este grande tesouro que é o meu Coração, que te mostro aqui a descoberto"(3).
Aos vinte e seis anos de idade e quatro de vida religiosa deu-se a grande revelação do Coração de Jesus, mola propulsora de todas as graças insignes que o mundo recebeu para vencer a tibieza, a heresia e deixarse abrasar pelo amor divino.
Era o dia 16 de junho de 1675, na oitava da solenidade de Corpus Christi. Santa Margarida Maria rezava genuflexa diante da grade aberta do coro com os olhos fixos no tabernáculo, quando o Redentor lhe apareceu sobre o altar e, descobrindo seu Sacratíssimo Coração, lhe disse: "Eis aqui o Coração que tanto amou os homens, que não lhes poupou nada até esgotarse e consumir-se para provar-lhes o seu amor; e em reconhecimento, não recebeu mais do que ingratidões através de suas irreverências e sacrilégios, e pela indiferença eJesus bate à porta da alma - Escultura de uma campa do Cemitério da Consolação, São Paulo.jpgdesprezo que eles têm por Mim no Sacramento do Amor. É por isso que Eu te peço que a primeira sexta-feira após a oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa particularmente voltada para honrar o meu Coração em desagravo pelas ofensas que ele recebe" (4).
Jesus bate à porta do nosso coração
Que pungente queixume saído dos lábios de Jesus! Tanto transbordamento de afeição por suas criaturas, tanta rejeição da parte delas!
Cada um de nós certamente já sentiu o duro golpe da ingratidão, da indiferença ou do esquecimento, quando com reta intenção tenhamos nos sacrificado e lançado mão de todos os meios para proporcionar um benefício àqueles que estimamos. Esse menosprezo que nos custa aceitar, e que é motivo de tantas desavenças na humanidade pecadora, assume outra perspectiva quando tem por objeto o próprio Deus.
Não se trata de um coração com personalidade humana, mas o d'Aquele que disse: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida" (Jo 14, 6). Não ofereceu Ele a seus filhos a promessa de bens passageiros, mas a vida eterna e o perdão de todos os crimes, mediante o derramamento de seu sangue na Cruz. Mais ainda: fez dos pobres filhos de Eva o objeto do seu afeto e ternura, desejou estabelecer com eles o seu reino sapiencial, quis reuni-los como a galinha junta os pintainhos debaixo das asas e declarou que suas alegrias consistiam em estar com os filhos dos homens.
O que recebeu em troca? A morte mais ignominiosa e carregada de ódio que jamais houve sobre a terra e o descaso da grande maioria dos homens ao longo da História. Este é o Coração cercado de espinhos que vem bater à porta de nossas almas em busca de reparação e amor. Haveremos de negar-Lhe o que merece como Deus e pede como amigo?
Uma infinidade de tesouros ao alcance de todos
Sendo todo o seu Corpo divino digno de adoração, por que escolheu Ele o coração como sinal sensível de sua manifestação de misericórdia? Precisamente por ser o símbolo de sua vontade santíssima, de sua mentalidade, e o foco de irradiação de sua santidade. É o órgão físico em que pulsa o Verbo encarnado, a Arca preciosíssima que encerra a plenitude da Lei: o amor.
Celebrando o Sagrado Coração, nós rendemos homenagem à sua personalidade divina, insondavelmente perfeita, que abarca as qualidades de todos os anjos e homens desde o começo da criação até o fim dos tempos.
É uma invocação completa e universal, destinada a regenerar a humanidade - como dizia São Pio X -, limpá-la de suas infidelidades e fazêla gozar da plenitude de seus dons, conforme a promessa à vidente de Paray-le-Monial: "Como te prometi, tu possuirás os tesouros de meu Coração e Eu te permito dispor deles segundo o teu beneplácito. Não sejas mesquinha, porque esses tesouros são infinitos" (5).
O Coração de Jesus e Maria, píncaro de toda a criação
Comparando toda a ordem estabelecida por Deus na criação a uma imponente montanha, vemos que cada ser ocupa,Imaculado Coraçao de Maria..jpgharmonicamente, o lugar que lhe corresponde, desde um grandioso Serafim até um pequeno colibri. Em seu píncaro está o Sagrado Coração de Jesus e Maria, enquanto protótipo, exemplo e regra viva de todas as perfeições de cada uma das partes do universo.
Vendo no Homem-Deus e em sua Mãe Imaculada o conjunto de todas as qualidades criadas, não é difícil identificá-las e amá-las nos seres que nos circundam. Assim, encontramos algo de sua infinitude numa caudalosa catarata que faz jorrar abundante água desde que o mundo existe, sem nunca "cansar-se". Suscita também nosso enlevo a generosidade divina espelhada num pelicano que não hesita em abrir o próprio peito e alimentar com sua carne os filhotes aos quais nada tem para dar. Num plano mais elevado, veremos os infatigáveis missionários espalhados pelos cantos mais recônditos da terra, manifestando o desejo que Deus tem de nos salvar; as despretensiosas religiosas que se dedicam à caridade e imolam toda a sua existência pelo bem do próximo, os Pontífices Romanos que nos ensinam a verdade...
Todos, sem exceção, têm uma vocação especifica, cuja essência e plenitude estão neste Coração inefável que jamais se nega a conceder, àqueles que Lhe pedem, o inestimável dom da santidade. Nenhum é mais precioso, nenhum é concedido com maior alegria pelo Senhor através da mediação de sua Mãe. Se os bemaventurados o receberam, por que não o obteremos também nós? É por isso que a Igreja repete a cada dia, em uníssono com o passado e o futuro, uma oração que traduz este anseio: "Jesus, manso e humilde de coração, fazei nosso coração semelhante ao vosso".

"...E Bernadete dizia..." 



Uma antologia de frases de Bernadete e de testemunhos de pessoas que a conheceram
    Bernadete não deixou quase nada escrito, mas os arquivos do convento de Saint-Gildard, em Nevers, onde viveu como irmã com o nome religioso Marie-Bernard, conservam as atas do processo canônico e os testemunhos reunidos naquela ocasião entre as religiosas e todos os que tiveram contato com ela, sobretudo nos anos que passou no convento, entre 1866 e 1879. São lembranças, pequenos casos, episódios, respostas que ficaram impressas na memória dos interlocutores. Desse material heterogêneo, o convento de Saint-Gildard, graças ao trabalho de pesquisa do teólogo René Laurentin, extraiu o conteúdo para um pequeno livro, publicado na França em 1978 com o título Bernadette disait... Publicamos aqui uma pequena antologia de passagens do livro, da qual emerge a personalidade de Bernadete e sua maneira simples e profunda de viver a fé cristã.   

   Reproduzimos os testemunhos na ordem cronológica, a mesma usada pelo livro, mencionando em alguns casos o contexto do episódio descrito, para facilitar sua compreensão.



(Para melhor compreensão, as respostas de Santa Bernadete estão grifadas em azul.)



Lourdes 1858-1866 
1858 

Janeiro
Bernadete é pastorinha em Bartrès.
“Diga a meus pais que aqui eu fico triste. Quero voltar a Lourdes, para ir à escola e me preparar para a primeira comunhão”.
O período das aparições 

21 de fevereiro

Depois da sexta aparição, saindo da sala do comissário Jacomet:
“Por que você está rindo?”, perguntam a ela.
“O comissário tremia. O enfeite do seu quepe fazia tim-tim”.

23 de fevereiro

“Um rio de gente corre pra cá por sua causa!”.
“Mas eles vêm por quê? Com certeza não sou eu que vou lá buscá-los!”.


24 de fevereiro
“Como foi que ela falou com você? Em francês ou em dialeto?”.
“Ah! Essa é boa. Vocês querem que ela fale comigo em francês? Acham que eu sei francês, por acaso?”

25 de fevereiro
Durante a nona aparição, Bernadete ouve repetidas vezes: 
“Penitência... Penitência... Penitência...”.

No final, acontece este diálogo:
“O que foi que ela lhe disse, afinal?”
“Vá beber na fonte e se lavar.”
“E o capim que você comeu?”
“Ela me pediu isso também...”
“O que ela lhe disse?”
“Vá comer o capim que nasce lá.”
“Mas são os animais que comem capim!”
“Mas por que toda essa agitação hoje? Ontem, Aquilo me disse para beijar a terra como penitência pelos pecadores”.
“Mas você não sabe que acham que você é louca por fazer essas coisas?”.
“Pelos pecadores”.

25 de março
Bernadete levanta muito cedo e se veste:
“Tenho de ir até a gruta. Andem logo, se quiserem me acompanhar”.
“Pense só um pouco, isso vai lhe fazer mal...”.
“Já estou curada”.
“Espere ao menos o sol nascer!”.
“Não, eu tenho de ir, e logo”.

Na gruta, diante da aparição:
“Senhorita, poderia ter a bondade de dizer-me quem é, por favor?”.

Afastando-se da gruta, Bernadete riu:
“Você ficou sabendo de alguma coisa?”.
“Não diga a ninguém, mas Aquilo me disse: ‘Eu sou a Imaculada Conceição’”.
27 de março

Exame médico realizado por três doutores:
“Você sente dores de cabeça, às vezes?”.
“Não”.
“Já teve alguma crise nervosa?”.
“Nunca”.
“Mas a sua saúde parece precária”.
“Eu como, bebo e durmo muito bem”.

Durante o exame médico, falando sobre a Virgem:
“Claro que sim, eu a vejo como vejo vocês. Ela se move, fala comigo, estende os braços”.
“Você não fica com medo quando vê tantas pessoas ao seu redor?”.
“Não vejo nada ao meu redor”.

Maio
Bernadete corre o risco de ser presa novamente:
“Não tenho medo de nada, pois sempre disse a verdade”.

4 de junho

No dia seguinte à primeira comunhão de Bernadete, Emmanuélite Estrade pergunta a ela: 

“O que a fez ficar mais feliz: a primeira comunhão ou as aparições?”.
“São duas coisas que caminham juntas, mas que não se podem comparar. Fiquei muito feliz com as duas”.

16 de julho

Última aparição. Ao cair da tarde, Bernadete se sente impelida a ir à gruta:
“O que ela lhe disse?”.
“Nada”.

Depois de 16 de julho, as provações: 

o assédio dos visitantes 

28 de agosto
Ao abade de Fonteneau:
“Eu não o obrigo a acreditar em mim, mas não posso deixar de responder dizendo o que vi e ouvi”.
“Quer dizer, Bernadete, que a Virgem Santa lhe prometeu o céu e, por isso, você não precisa mais cuidar de sua alma?”.
“Oh, padre, eu só irei para o céu se me comportar como se deve”.

17 de novembro
Na gruta, depois do interrogatório da comissão eclesiástica:
“Estou muito cansada!”.

1859
Maio
Marie de Cornuijer-Lucinière a interroga a respeito dos segredos:
“Você os contaria ao Papa?”.
“Ele não precisa saber deles”.

1860 

O abade Junqua visita Bernadete. Depois de duas horas de conversa, diz a ela:
“Eu voltarei... Lembre-se de mim! Prometa-me que vai se lembrar de mim!”.
“Oh, isso eu não prometo! Vejo tanta gente, e de todo tipo”.

7 de dezembro
Interrogatório diante de dom Laurence, bispo de Tarbes:
“Não parece ser uma idéia digna de Nossa Senhora obrigá-la a comer capim”.
“Mas nós comemos salada!”.

1861-1862 

O abade Bernadou quer fotografar Bernadete para fixar a expressão que seu rosto assumia durante as aparições:
“Não, não está certo. Você não fazia essa cara quando Nossa Senhora estava ali”.
“Mas agora ela não está!”.

1864 
Tiram fotos de Bernadete. As fotografias são vendidas por um franco cada...
“Você acha que a vendem por um preço suficiente, Bernadete?”.
“Mais do que eu valho”.

1866 

Na véspera da partida para Nevers, Justine, filha de sua ama-de-leite, Marie Lagües, vai encontrar Bernadete:
“Você não fica triste por ir embora?”.
“O pouco tempo que temos no mundo, é preciso que o empreguemos bem.


NEVERS 1866-1879 

    Testemunhos das religiosas e de pessoas que encontraram Bernadete durante a sua permanência na casa-mãe da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers, de 1866 até sua morte, em 16 de abril de 1879.

1866 

Julho 
    Irmã Emilienne Duboé:
    Bernadete ficou sob meus cuidados desde sua chegada ao noviciado, para que se acostumasse. [...] O que lhe doía era não ver mais a gruta de Lourdes. “Se você soubesse”, ela me disse, “o que eu vi de bonito ali”. Eu tinha a tentação de perguntar, mas ela me respondeu que não podia dizer nada, que a mestra das noviças a havia proibido. Dizia-me: “Se você soubesse como Nossa Senhora é boa!”.
Um dia Bernadete me mostrou que eu fazia mal o sinal da cruz. Eu respondi a ela que certamente não o fazia tão bem quanto ela, que o aprendera de Nossa Senhora. “É preciso ter atenção”, ela me disse, “pois fazer bem o sinal da cruz significa muito”.

    Irmã Charles Ramillon:
    A maneira como fazia o sinal da cruz me impressionava profundamente. Procuramos várias vezes fazer igual, mas sem sucesso. Então dizíamos: “Dá pra ver como foi a própria Nossa Senhora que o ensinou a ela”.

    Irmã Emilie Marcillac:
    Irmã Marie-Bernard tinha uma piedade doce, simples, sem nada de especial. Era muito precisa, não falhava no silêncio, mas era impressionante o seu jeito vivo nos momentos de recreação. Não gostava de uma piedade carregada. Um dia ela me disse rindo, apontando uma noviça que sempre fechava os olhos: “Você vê a irmã X? Se não tivesse uma companheira que a conduz, sofreria um acidente. Por que fechar os olhos, quando é preciso mantê-los abertos?”.
    Durante suas crises de asma, tinha ataques de tosse que arrebentavam o seu peito; mesmo vomitando sangue e sufocando, nunca deixava escapar um lamento, uma reclamação. Eu só a ouvia pronunciar o nome de Jesus. Depois de dizer: “Meu Jesus!”, ela olhava para o crucifixo, e em seus olhos havia algo inexprimível, mas que dizia tanta coisa...
Outubro 
    Irmã Emilie Marcillac:
    Em outubro, no dia 25, ela passou muito mal. [...] Pensávamos que não passaria daquela noite. [...] Fiquei muito surpresa do dia seguinte, quando fui vê-la em seu leito às quatro e meia da manhã para saber notícias; achei que ela estaria em agonia. Em vez disso, ela me respondeu com uma voz clara: “Estou melhor, o Senhor não me quis, fui até a porta dele e Ele me disse: volta pra trás, ainda é muito cedo”.



1867
Maio 
    Irmã Bernard Dalias:
    Eu estava em Nevers havia três dias, e me confessei admirada por ainda não conhecer Bernadete. A superiora que me havia acompanhado apontou uma noviça que estava perto dela, pequena, sorridente, e disse: “Bernadete? Olha ela aqui!”. Deixei escapar uma expressão impertinente e exclamei: “Só isso?”. Bernadete me respondeu: “É verdade, senhorita, é só isso!”. Posso dizer que desde aquele momento demonstrou uma grande simpatia por mim.

    Irmã Brigitte Hostin:
    Fui colega de noviciado de irmã Marie-Bernard; tive esse privilégio durante sete ou oito meses. Pude admirar nela uma grande piedade, um humor sempre igual - coisa rara -, uma simplicidade de menina, e, sobretudo, uma grande humildade. Quando ela era obrigada a responder às cartas que alguns grandes personagens lhe escreviam a respeito dos favores que Nossa Senhora lhe havia concedido, essa humildade a fazia dizer: “Se não fosse por obediência, eu não responderia”.

Setembro 

    Irmã Joseph Caldairou lembra algumas expressões de Bernadete:
“Só Deus sabe quanto me custa ter de me apresentar diante dos bispos, dos padres, das pessoas do mundo”.
“Não consigo achar bonita nenhuma imagem de Nossa Senhora, depois de ter visto a original”.


1868

    Irmã Charles Ramillon:
    Eu estava presente, um dia, quando uma de nós lhe disse: “Você contou os segredos de Nossa Senhora à madre superiora?”. “Não.” “Nem à mestra das noviças?” “Nem a ela.” Então, acrescentei: “Mas, e se o Santo Padre perguntasse quais são esses segredos?”. Ela respondeu: “Eu pensaria no caso”.

Novembro 
    Conde Lafond:
    Dom Chigi [núncio apostólico na França, ndr.] mandou chamar irmã Marie-Bernard ao parlatório. “Filhinha”, perguntou a ela, “você não teve medo quando viu Nossa Senhora?”.   “Oh, sim, monsenhor, muito; mas só da primeira vez; depois, era tão bonita!”.
1869 

Agosto 

    Irmã Bernard Dalias:
    Uma palavra dela já fazia o bem. Diante de pessoas que sofriam com a dor, ela dizia:      “Vou rezar por vocês”.
Mais de uma vez a surpreendi com o rosto inundado de lágrimas. Eu a interrogava com o olhar: “Oh”, ela me sussurrava, “rever a gruta, uma vezinha que fosse, de noite, sem que ninguém ficasse sabendo...”.
    Eu era encarregada de entoar o canto para a oferta da recreação. Irmã Marie-Bernard chegou um dia, depois da oração, e me disse: “Qualquer hora, cante ‘Com minha mãe estarei”. E nisso seus olhos assumiram uma expressão de desejo, de tristeza indefinível, e vi duas lágrimas rolarem...
    Bastava ouvi-la dizer, com plena convicção: “Rezem por mim, pobre pecadora, sobretudo na hora da morte”, para entender que sabia perfeitamente bem que teria de invocar o crédito que a Virgem lhe prometera por sua fidelidade. 

    Irmã Emilienne Robert:
    Falava sobre nós nos corrigirmos dos nossos defeitos, e eu lhe disse que isso é difícil. Ela então arregalou os olhos e me respondeu vivamente: “Mas, como?! Receber com tanta frequência o pão dos fortes e não ser mais corajosa!”.

Outubro 
    Conde Lafond:
    O abade de M. lhe disse, na minha presença, que estava chegando de Lourdes e havia encontrado o padre Hermann e o senhor Lasserre, ambos agraciados com o dom da visão.     Irmã Marie-Bernard abriu seus grandes olhos, até então abaixados. “Eu vi”, acrescentou o abade, “a imagem que puseram na gruta. Tem as mãos juntas, deste jeito. Era assim mesmo que Nossa Senhora aparecia?” “Sim, padre. Mas quando ela me disse: ‘Sou a Imaculada Conceição’, fez assim.” E fez um gesto de tamanha beleza que nos comovemos até as lágrimas. Parecia que víamos uma cópia viva da Rainha do Céu, quando apareceu sobre a rocha de Massabielle.
    Uma senhora de Nevers perguntou um dia a ela: “Você nunca mais reviu a Virgem depois das dezoito aparições?”. Duas lágrimas enormes encharcaram suas pálpebras: foi a única resposta.


    Irmã Cécile Pagès:
    Eu dizia a irmã Marie-Bernard que muitas pessoas eram curadas pela água de Lourdes, depois de uma novena. “Oh”, ela disse, “talvez a Virgem queira que rezem bastante. Houve uma pessoa que só foi curada depois de nove novenas”.

1870
Abril 


    Irmã Angèle (na época, postulante):
    Irmã Marie-Bernard me perguntou: “Senhorita, o que você tem?”. Eu lhe respondi:    “Acabo de receber uma notícia ruim: minha mãe está para morrer; talvez a esta hora já esteja morta”. Então irmã Marie-Bernard me disse, com um sorriso que jamais esquecerei e aquele seu olhar penetrante: “Não chore, Nossa Senhora vai curá-la; vou rezar por ela”.



Agosto 
    Irmã Madeleine Bounaix:
    Em 15 de agosto de 1870, eu estava com ela na enfermaria São José; ela havia me dado uma fruta para o lanche; nós conversávamos sobre a festa daquele dia e eu lhe disse: “Irmã, você vai rezar por mim hoje?”. “Sim, mas com uma condição: que você também o faça por mim. Todos precisamos de orações.” Eu, então, acrescentei: “Como deve ser bonita a festa no céu, e Nossa Senhora, como deve ser bonita também”. “Oh, sim”, ela disse, “depois que a gente a vê, não consegue mais ficar apegada à terra!”.
    Algum tempo depois, irmã Marie-Bernard recebeu uma carta de padre Peyramale, pároco de Lourdes, na qual havia uma fotografia da Basílica. Olhando para a foto, ela me perguntou: “Você conhece Lourdes?”. Quando eu respondi que não, ela me disse: “Pegue, esta é a foto da Basílica”, e, com o dedo, apontava a gruta. Perguntei: “Onde você estava quando Nossa Senhora lhe apareceu?”. Ela me indicou o lugar, com toda a simplicidade. Acrescentei: “É uma lembrança doce demais para você, irmã”. Assumindo um ar grave, quase triste, irmã Marie-Bernard me respondeu: “Oh, sim! Mas eu não tinha nenhum direito a essa graça”.

Dezembro 

    Conde Lafond:
    Irmã Marie-Bernard... essa irmã não serve para nada, no entanto é considerada o tesouro de Saint-Gildard; olham para ela como o baluarte da cidade episcopal e lhe atribuem a salvação durante a invasão de 1870; os prussianos estavam em todos os condados vizinhos e quase às portas de Nevers. O cavalheiro Gougenot des Mousseaux, que viu Bernadete na época, fez-lhe algumas perguntas: “Na gruta de Lourdes, ou depois dela, você obteve alguma revelação relativa ao futuro e ao destino da França? A Virgem não a encarregou por acaso de transmitir advertências ou ameaças à França?”. “Não.” “Os prussianos estão chegando: você não tem medo?” “Não.” “Não há nada a temer, então?” “Eu só tenho medo dos maus católicos.” “Não tem medo de mais nada?” “Não, de nada”.

1871 

    Madre Marie-Thérèse Bordenave:
    No final de 1870 ou no início de 1871, ainda havia enfermarias militares de campo na casa-mãe; um dia, a farmácia pegou fogo; a noviça de plantão ficou tão impressionada que sofreu de dores terríveis durante 24 horas. Irmã Marie-Bernard, com pena, disse a uma irmã, depois que haviam esgotado todas as possibilidades de remédio: “Vou tentar lhe dar água de Lourdes; rezem comigo e façam-no com fervor”. Fizeram isso: alguns minutos depois, as dores haviam cessado.

Antes de agosto 

    Irmã Madeleine Bounaix:
    Eu ficava impressionada com a sua retidão e sinceridade. Não creio que tenha mentido alguma vez, e, sobre isso, lembro-me de um episódio que confirmou minha opinião. Um dia falávamos de Lourdes e de Bartrès, e ela me disse: “Você não pode imaginar como eu era ignorante. Imagine que meu pai, vindo me encontrar, me viu guardando o rebanho, muito triste. Quando ele me perguntou o motivo daquilo, eu lhe respondi: ‘Olha só as minhas ovelhas, várias delas têm as costas verdes’. E ele, rindo: ‘É o capim que elas comeram que já está saindo pelas costas: talvez elas morram’. E então chorei de verdade, e meu pai, me vendo tão cheia de dor, me consolou e me explicou que aquela era a marca do comerciante ao qual eles as haviam vendido”. Ouvindo essa história, pus-me a rir e disse a ela: “Como assim? Você era tão ingênua a ponto de acreditar numa coisa como aquela?”. Ela me respondeu: “Minha querida, como eu não sabia mentir, acreditava em tudo o que me diziam”.
    Um dia falávamos das práticas de piedade para com Nossa Senhora. Eu lhe disse que havia uma de que eu gostava muito: rezar doze ave-marias em honra dos doze privilégios da Mãe de Deus. Ela me respondeu com um ar feliz e satisfeito: “Continue com essa prática; agrada muito a Nossa Senhora”.

Agosto 

    Irmã Vincent Garros, de nome secular Julie Garros, amiga de infância de Bernadete:
    Em Lourdes, havia uma congregada, conhecida pelo nome de senhorita Claire, muito pia, que sofria havia muito tempo. Quando cheguei à casa-mãe, Bernadete quis saber notícias dela, e eu lhe disse: “Ela não apenas sofre pacientemente, mas diz também estas palavras, que me deixam realmente surpresa: ‘Eu sofro muito, mas se isso não basta, que o Senhor me acrescente mais sofrimento ainda!’”. Irmã Marie-Bernard fez uma reflexão: “É bem generosa; eu não faria a mesma coisa. Eu me contento com aquilo que ele me manda”.
    Ela gostava também de me contar que, do rebanho do qual cuidava, tinha uma predileção particular por um carneirinho branco. Quando ela conseguia armar o seu altar de flores no campo, ele vinha e o demolia com uma chifrada; e quando estava conduzindo o rebanho, o carneirinho começava a correr e, com uma chifrada abaixo de seus joelhos, fazia-a cair, o que a divertia muito. Para puni-lo, Bernadete lhe dava pão com sal, que ele adorava.
    No noviciado, eu dizia a Bernadete, quando ela estava doente, na enfermaria: “Você sofre muito, não é?. Ela me respondia: “O que você quer? Nossa Senhora me disse que eu não seria feliz neste mundo, mas no outro”. 


    Ela nos aconselhava freqüentemente que perdoássemos, que não esquecêssemos a invocação do Pai Nosso: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos...”.
    Ela me disse também: “Quando você passa na frente da capela e não tem tempo para parar, encarregue seu anjo da guarda de levar sua mensagem ao Senhor no tabernáculo. Ele vai levá-la e depois a alcançará de novo”.
    Acredito que Bernadette meditava os mistérios, pois um dia, quando eu lhe disse que não conseguia rezar ou meditar, ela me sugeriu que fizesse assim: “Transporte-se até o Monte das Oliveiras ou até os pés da cruz, e fique por lá: o Senhor vai lhe falar e você o escutará”. Às vezes eu lhe dizia: “Eu estive lá, mas o Senhor não me disse nada”. "Mesmo assim, eu continua a rezar." 


    Um dia eu lhe disse: “Como é que você consegue ficar tanto tempo em ação de graças?”. Ela me respondeu: “Penso que é Nossa Senhora que me dá o Menino Jesus. Eu o pego no colo. Falo com ele e ele fala comigo”.
    Sei que, entre os santos, Bernadete tinha uma devoção particular por São José. Ela repetia estas invocações: “Dá-me a graça de amar Jesus e Maria como eles querem ser amados. São José, reza por mim. Ensina-me a rezar”. E me dizia: “Quando não conseguimos rezar, devemos nos dirigir a São José”.
Ela me dizia também: “Quando você está diante do Santíssimo tem, de um lado, Nossa Senhora, que lhe inspira o que você deve dizer ao Senhor, e, do outro, o seu anjo da guarda, que anota as suas distrações”. 



     Bernadete dizia: “Temos de receber bem o Senhor. Temos todo o interesse de lhe dar uma boa acolhida, uma acolhida amável, pois então ele terá de nos pagar o aluguel”.
    Ela me dizia que antes de realizar qualquer ação é preciso purificar a intenção. Eu lhe observava que isso era difícil. Ela me respondia: “É preciso fazê-lo, pois assim se age melhor e custa menos”.
    Ela dizia: “Se você trabalha para as criaturas, não terá recompensa e ficará muito mais cansada”.
    Numa outra oportunidade, na enfermaria, ela me disse: “Vou lhe dar um bom lanche”. Havia frutas em conserva. Ela me serviu e disse: “Hoje é sábado, eu não vou comer; farei esta pequena mortificação por Nossa Senhora”. 


    Bernadete, eu tenho certeza, sempre controlou seus impulsos interiores. A respeito disso, ela me dizia: “O primeiro impulso não nos pertence, mas o segundo, sim”.
    Quando tinha crises de asma – freqüentes, infelizmente – dava pena. Nunca se lamentou.     Quando passava a crise, dizia: “Obrigado, Senhor!”.
    A Virgem lhe havia pedido que rezasse pelos pecadores; ela devia fazer isso, certamente. Mais de uma vez, me disse: “Rezemos pela família tal, para que a Virgem a converta”.
    Muitas vezes, depois da oração, Bernadete acrescentava: “Senhor, livrai as almas do purgatório”. De vez em quando, rezávamos juntas o rosário dos defuntos e acabávamos assim: “Doce Coração de Jesus, sede o meu amor, doce Coração de Maria, sede a minha salvação. Meu Jesus, misericórdia! Concedei o repouso eterno às almas dos fiéis defuntos”.

Novembro 

    Irmã Eléonore Bonnet:
    No dia de Todos os Santos, eu soube que Bernadete estava doente. Conhecendo seu amor pelas flores, colhi violetas, que, apesar da época, haviam florescido perto da parede da cozinha, e mandei-as a ela por intermédio de uma noviça que trabalhava na enfermaria.

    Madre Marie-Thérèse Bordenave:
    Um dia, uma superiora lhe perguntava se não tinha experimentado um sentimento de satisfação pelos favores que a Virgem lhe concedera. “O que a senhora pensa de mim? Quer que eu não saiba que, se Nossa Senhora me escolheu, é porque eu era a mais ignorante? Se tivesse encontrado uma mais ignorante, ela a teria pego, e não a mim”.

    Irmã Joseph Ducout:
    Eu a vi sofrer moral e fisicamente. No sofrimento, nunca disse uma palavra que exprimisse sua dor. Pegava o crucifixo, olhava para ele, e pronto.

    Irmã Madeleine Bounaix:
  “O que você faz aqui?”, ela me disse. “Estou de partida, e espero a mestra das noviças.” Ela continuou: “E para onde você vai?”. “Para Beaumont.” “Bem, irmã, não esqueça o que eu lhe digo: onde quer que você esteja, lembre-se sempre de trabalhar só pelo Senhor. Você entende, não é? Pelo Senhor”.

Dezembro 

    Irmã Victoire Cassou:
    Bernadete me disse: “Na missa da meia-noite, venha ficar perto de mim. Há lugar”. Fui toda contente. Assim, pude constatar como era pia e recolhida. Escondida atrás de seu véu, nada podia distraí-la. Depois da comunhão, entrou num recolhimento tão profundo que todos saíram, sem que ela parecesse nem se dar conta. Fiquei a seu lado, pois não tinha nenhuma vontade de ir para o refeitório com minhas companheiras. Contemplei-a durante um longo tempo, sem que ela percebesse. Seu rosto estava radiante e celestial, como durante o êxtase das aparições.
    Quando a irmã encarregada de fechar as portas da igreja veio cumprir seu dever, agitou com força as correntes. Só então Bernadete saiu de seu estado semelhante a um êxtase.
    Saiu da capela e eu a segui. E, no claustro, inclinou-se para mim e sussurrou: “Você não comeu nada (no refeitório)?”. E eu respondi: “Nem você”. Retirou-se em silêncio e nós nos separamos assim.

1872 

Agosto 
    Irmã Eudoxie Chatelain:
    Bernadete tinha uma devoção especial por São José, o que me deixava um pouco impressionada, já que ela era a filha privilegiada de Nossa Senhora. Um dia, eu a ouvi dizer:   “Vou fazer uma visitinha a meu pai”. Era São José: ela ia sempre rezar para ele na capela.
    Dizia: “Amem muito o Senhor, minhas filhas. Nisso está tudo”.



Agosto-outubro: 


    Durante uma recreação, uma noviça pegou um morcego que havia caído. Grandes exclamações. Bernadete estava presente. Irmã Julienne Capmartin:
“Oh, como é que você pode pegar com a mão um bicho tão horrível!”. E acrescentou: “É a imagem do diabo!”.
Irmã Marie-Bernard ficou séria e se virou para mim: “Saiba, irmã, que nenhum animal é a imagem do diabo; só a ofensa a Deus pode ter essa imagem”.
    Disse: “Quando insistimos muito em alguma coisa, isso não agrada a Deus”.
    Uma vez me surpreendeu lendo meu livro de Filha de Maria, quando ela me havia recomendado que ficasse bem recolhida debaixo das cobertas... Então tomou bruscamente o livro da minha mão, dizendo: “Eis aqui um fervor vestido de desobediência, é o que eu digo!”. Foi inútil pedir meu livro de volta. Não o vi mais...


1873 


Maio 

    Elisa (órfã de Varennes):
    Estávamos no ano de 1873 (dia 12 de maio). Bernadete, em visita a Varennes (orfanato dirigido pelas freiras), tinha ido até o oratório de Nossa Senhora, no bosque, com umas vinte órfãs.
    Estava convalescendo e mal se segurava em pé...
    Quando chegou ao fim da breve peregrinação, Bernadete se sentou e, diante daquele oratório gracioso, dirigiu uma exortação às meninas, no estilo conciso que sempre lhe foi habitual: “Meninas, amem muito a Nossa Senhora, e rezem muito a ela. Ela as protegerá...”. Depois convidou suas jovens ouvintes a cantarem alguma coisa. Elas cantaram: “Com minha mãe estarei na santa glória um dia...”.


Junho 

    Jeanne Jardet (cozinheira):
    Eu me lembro de que um ano teve uma longa doença, durante a qual fomos privadas de suas visitas. Quando voltou, irmã Cécile (Fauron, despenseira encarregada das domésticas) felicitou-a por sua cura. Bernadete respondeu: “Não quiseram saber de mim lá em cima...”. E o disse com uma tal graça, que fiquei com lágrimas nos olhos.

    Irmã Eudoxie Chatelain:
    Um domingo, a mestra das noviças, madre Thérèse Vauzou, permitiu que fôssemos encontrar Bernadete, em grupos de doze ou quinze. Bernadete nos recebeu com muita amabilidade, como se fôssemos irmãs mais novas... Ficamos em círculo ao redor de seu leito, e cada uma disse alguma coisa.
    Uma de nós, grande e forte, perguntou a ela se havia sentido medo quando recebeu a extrema-unção. “Medo de quê?”, disse Bernadete. “Eu teria medo de morrer se visse o último momento se aproximar!”, disse a outra. “Oh, nós nunca sabemos qual é esse momento. E quando chega, o Senhor nos dá a força para enfrentá-lo”.

    Irmã Gonzague Cointe:
    Eu estava na enfermaria. Uma irmã pôs no leito dela a fotografia de uma peregrinação ou da Basílica de Lourdes: “Você ficaria bem contente se fosse à gruta de Massabielle, não é?”.      Toda sorridente, ela ergueu os olhos para o céu e, apesar da crise de asma que a fazia sofrer tanto, respondeu: “Não, não sinto o desejo disso. Faço generosamente o sacrifício de não mais rever Lourdes. Tenho uma única aspiração, a de ver a Virgem Santa glorificada e amada”.
    Madre Henri Fabre:
    Quando o bispo de Nevers, de partida para Lourdes, perguntou a irmã Marie-Bernard se queria ir também, ela respondeu: “Fiz o sacrifício de Lourdes. Verei a Virgem no céu, e será muito mais bonito”.


1874 

Julho 

    Irmã Vincent Garros:
    Um dia, na sacristia, eu quis tocar um purificador. Ela me deteve, dizendo: “Você ainda não pode fazer isso”. E a vi pegar o purificador com imenso respeito e recolocá-lo na bolsa. Qualquer um diria que, enquanto o tocava, rezava, tamanho o respeito com que o fazia.

1875 

    Irmã Julie Ramplou:
    Às vezes, durante o trabalho, irmã Marie Mespoulhé rezava o rosário com as irmãs do convento. Irmã Marie-Bernard sublinhava a expressão “pobres pecadores”. Um dia disseram isso a ela. Irmã Marie-Bernard respondeu: “Oh, sim! Temos de rezar muito pelos pecadores. Nossa Senhora o recomendou”.

1876 


Antes de junho
 
    Irmã Marcelline Durand:
    Era penoso para ela ficar inativa. Assim, um dia ela disse a uma freira também doente:    “Com três ventosas, você se recupera. Mas eu... nada me fará sair daqui”. E logo elevou o olhar para o céu e disse: “Meu Deus, sede bendito em todas as coisas. Nós temos cada um o nosso meio, o nosso caminho para chegar até vós”.

Como chegar ao Santuário

Como se chega ao Santuário das Aparições de Jacareí

Endereço do Santuário:
Estrada Arlindo Alves Vieira, 300 Bairro Campo Grande
Jacareí - São Paulo - Brasil
Tel.: (12) 9 9701-2427

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